As 4 principais doenças das empresas: Overtrading
As 4 principais doenças das empresas: Overtrading
Mas o que é overtrading? É um problema causado pelo aumento de endividamento atrelado ao aumento de vendas. A principal característica se dá pelo fato de um falso crescimento. Muitas vezes isso pode ser difícil de detectar, afinal o movimento de pessoas no estabelecimento aumenta, mas os reflexos, em termos financeiros, não ocorrem. E o pior, muitas vezes pioram.
Este texto faz parte de uma série de artigos sobre as quatro principais doenças das empresas.
- [06/04] - Overtrading
- [13/04] - Excesso de endividamento
- [20/04] - Undertrading
- [27/04] - Ritos de Gestão
Aumento minhas vendas, aumento minhas compras, mas não aumento o meu lucro. E agora?
Esses questionamentos são muito comuns aos empresários em algum momento da vida da empresa. Pode ser um fato isolado, acontecendo apenas em um produto, mas pode ser um fato conjuntural. É nesse momento que ocorre o perigo do overtrading.
Mas o que é overtrading? É um problema causado pelo aumento de endividamento atrelado ao aumento de vendas. A principal característica se dá pelo fato de um falso crescimento. Muitas vezes isso pode ser difícil de detectar, afinal o movimento de pessoas no estabelecimento aumenta, mas os reflexos, em termos financeiros, não ocorrem. E o pior, muitas vezes pioram.
Nesse momento o gestor se pergunta o que está acontecendo de errado… É comum que a primeira opção seja colocar a culpa na equipe ou apontar que o mercado não está indo bem. Contudo, não é assim que se encontra a solução.
Uma das principais causas do overtrading é a precificação incorreta. Não saber seus custos, suas despesas, não conhecer o ponto de equilíbrio do produto e simplesmente aplicar o mesmo valor que o seu concorrente aplica com medo de ficar fora do mercado, impacta diretamente nos resultados da sua empresa. Analisar seus concorrentes é sim importante, mas não traga a realidade dele para dentro da sua empresa. Lembre-se, ele pode estar preparado para enfrentar uma turbulência enquanto você está apenas entendendo o que está acontecendo.
E como resolver? O primeiro passo é realizar compras mais assertivas, aproveitando os descontos fornecidos pelos fornecedores. É importante trabalhar de forma mais enxuta, entendendo o giro da empresa. Ah, e isso inclui estoque em “just time'',evitando perdas causadas pelo custo de armazenagem de um produto com baixo giro e queima de capital de giro parada em estoque.
O segundo passo é entender como estão as finanças da empresa, optar por fontes de recursos com juros mais baixos, negociar prazos melhores ou até mesmo descontos maiores. Em alguns casos é preciso decidir entre um ou outro, mas o resultado da boa decisão impacta diretamente no caixa ao término do mês.
O terceiro passo é ter controle de todos os gastos da empresa. A Nucont, por exemplo, é uma plataforma de gestão que permite ao empresário acompanhar de perto o que acontece dentro da sua empresa. Quanto melhor controle você possuir, mais rápido irá perceber o problema. Controle é tudo!
Nunca se esqueça de jamais misturar as dívidas pessoais com as dívidas da empresa.
Vale salientar que você é funcionário da empresa, como qualquer outro. Portanto, é fundamental entender o ponto de equilíbrio e a quantidade de retirada de caixa que você pode fazer durante o mês. É corriqueiro, em pequenas empresas, um mês ter um lucro maior, mas ele será utilizado para suprir uma possível sazonalidade que possa acontecer em um mês seguinte. É preciso entender o ciclo da empresa.
Para que você, empresário, não se perca nesse controle, seu parceiro mais próximo é seu contador. O amigo com quem você pode contar para que te ajudar com informações estratégicas de impostos, despesas e custos. Assim, você conseguirá identificar o ponto de equilíbrio para uma tomada de decisão. Procure o seu contador e converse. Juntos somos mais fortes!